terça-feira, 27 de setembro de 2011

Amarante - Senhora da Graça

25-09-2011
68 km

Amarante -> Mondim de basto -> Sra da Graça -> Mondim de basto-> 57km
Ciclovia -> 11km

Missão cumprida!! 
Após 9 sessões de treino, em percursos mais ou menos pedaláveis, o 10º percurso foi a obra-prima: Senhora da Graça! 


Como começou o dia? 
Ponto de encontro: 9h na cidade jovem, obviamente alguém tinha que começar a descambar pela manha, Vileda e Eco decidem ir tomar o pequeno almoço a essa hora, ler o jornal, falar sobre a vida, fazer umas compras de ultima hora e então ir ter com o resto do povo, na autocaravana que iria carregar 5 bikes e 5 marmanjos!



Chegada a Amarante, à casa Ferreira por volta das 11h, um calor que ninguém diria que estamos no  Outono, e apresentação oficial da roupinha justinha.

Aproveitamos um pequeno (enorme ou gigante na verdade) acidente que a carrinha do casal Ferreira teve e fomos pedalar pela ecopista de Amarante em direcção a Gatão enquanto eles ficavam a amanhar-se com 25 litros de tinta. É uma pista muito agradável com paisagens bonitas e gatos pachorrentos que teimam em preferir ser atropelados do que sair do piso fofo.

Eco

Escargot
Ganso
Short
Vileda
Túnel de Gatão
Durante o regresso ao ponto de partida, mais 2 imprevistos:
O Eco ainda a iniciar o cicloturismo, teve caimbras nas 2 pernas, esbarrou-se contra os separadores da ciclovia e levava uma mochila que mais parecia que ia acampar 15 dias para o Polo Norte. 
O Short conseguiu furar um pneu precisamente quando não tinha levado nada que pudesse resolver a situação. Todas as ferramentas tinham ficado na casa Ferreira. Meu menino, vais a pé!
Chegada a casa, é hora de preparar as máquinas para a derradeira etapa princesa (sim, porque a rainha é a Torre da Serra da Estrela), enquanto esperávamos pelo nosso árbitro Sapatilha que durante a manha esteve a arbitrar 2 jogos.


O que fizemos de tarde?
Hora prevista para iniciar a etapa: 15h.
O que fizemos as 15h? Fomos almoçar. Se até agora já nos tinha acontecido um pouco de tudo, não iria ser agora que as coisas melhoravam. Fomos a uma bela pizzaria que servia uns pregos deliciosos, uma pizzas gigantes e umas lasanhas óptimas e cheias de hidratos de carbono para quem quer fazer uma subida de 8km.


Almoçados e de barriguinha cheia, já com a presença do Tilha e Daniela, tínhamos a trupe pronta para arrancar. Formamos 2 pelotões:
A equipa Alfa-Calções Maricas: Ganso, Escargot, Tilha, Piropo e Short
A equipa Beta-Reumática: Vileda e Eco.

A primeira equipa partiu de Amarante de bicicleta ao encontro da segunda equipa que foi de auto-caravana até Celorico de Bastos, onde ao fim de 24km, os 2 grupos se reuniram.
Pelo caminho a equipa dos Calções Maricas ainda passou por uma estrada mítica:

Pedalamos sobretudo em descidas até Mondim de Bastos, onde os carros de apoio vieram dar-nos suporte. O Eco foi o primeiro a receber assistência em viagem por parte da Black Beauty (Pescara e Cinzas) após 13km de viagem, onde mostrou que mesmo parido, foi louco o suficiente para iniciar as jornadas de bicicleta numa das etapas mais duras de Portugal e após vários anos parado.
Paragem técnica para comprar água fresca em Mondim - base da montanha

A bicicleta do Eco já foi no carro para o cima da Sra da Graça.
O restante grupo iniciou a jornada na base da Sra da Graça (o meu conta-km marcava 13.35km desde Celorico até à base da montanha, era este o meu número para somar km até ao Santuário e eram 17h45m).
Saída de Celorico, já se sentia a adrenalina

O lado direito da bifurcação
Logo de inicio existe uma bifurcação, uns foram pelo lado direito (uma subida bastante íngreme) outros pelo lado esquerdo, que começa a descer, para uns metros à frente começar logo a subir.
Esta bifurcação parecia uma cena de desenhos animado: um lado sombrio, escuro, cheios de morcegos e o outro lado cheio de arco-iris, raios de sol, passarinhos a cantar....
Ainda estávamos no primeiro km e já havia quem pensasse em desistir e pensasse "que mal fiz eu a Deus? Alguém me bateu na moleirinha para decidir subir isto!".
Uma coisa é certa, ninguém sobe aquela montanha por lazer, apenas e só quem tem espírito de sacrifício, muita disciplina mental e força anímica e também quem tem parafusos a menos como foi o caso.









Foi uma luta muito suada e psicologicamente brutal. Todos se separaram para ir ao seu próprio ritmo sem pressões, com calma e concentrados.
Demos o litro, já era uma questão de orgulho subir o raio da serra.
Havia bicicletas novas, equipamentos novos, tudo foi desculpa para tentar ter uma boa prestação nesta subida! Já se deu importância ao peso dos bidons, dos acessórios da bike, à roupa que de levava vestida, tudo foi importante.

Mas mais importante ainda foi o apoio do Cinzas, Pescara, Rita, Eco e Daniela no cimo do monte a puxar por cada um de nós. Um excelente incentivo a quem já ía a pensar que a estrada não tinha meio de acabar e a ver o pôr do sol e a escuridão a aparecer....

Demoramos entre 1h20min e 2h para os 8km de escalada. Alguns com paragens técnicas pelo caminho para esticar as pernas.

















TRINTA CAR*#L&O!!!! CHEGAMOS TODOS CÀ ACIMA!
No cimo do santuário estava um frio de rachar e uns panadinhos à nossa espera! Todos suados fez com que a mais pequena brisa fresca fosse o suficiente para nos deixar a bater os dentes de frio!
O Short e o Escargot ainda tiveram o brilhante ideia de ficarem semi-nus dentro do santuário a secar os jerseys nos joelhos. Uma visão do Inferno para os turistas que lá entraram para se benzer.

Para acabar a aventura, decidimos descer a Sra da Graça de bike às escuras, isto sim, foi a coisa mais parva e iditota que se fez em todo o dia! Não é recomendado! Houve troca de lugares, já foi a Vileda a descer de carro, por causa do frio e de lesão, e o Eco no lugar dela para completar o pelotão.
Bicharada contra os ciclistas, as luzes eram os carros de apoio que iam a fornecer e alta velocidade até Mondim de Bastos.

Faltou o CC, que tinha sido a personagem a sugerir este percurso: "De homem era subir a Sra da Graça!" disse ele há cerca de 2 meses. 
Dedicamos-te esta escalada e só te dizemos: "do que te livraste menino!".

Apesar de tudo foi recompensador, e um orgulho para todos, a entre-ajuda que houve e o apoio dos nossos amigos. Sem eles não teríamos conseguido organizar este evento e ter reunidos as condições suficientes para avançar com este desafio. Também ao avô da Vileda que nos emprestou a autocaravana.

Os nossos apoiantes dos super carros vassoura!
Cinzas, Rita, Daniela, Pescara e Eco
A caminho de casa, ainda deu tempo para mais um enguiço: seguimos as tabuletas em direcção ao Porto, quando se sai de Mondim, só que nos metemos numa nacional que vai até Fafe em curvinhas, pelo meio da montanha... com o Short a dizer que ainda ía trabalhar  as 23h! Mais uma chicotada psicológica! Mortinhos por ir tomar um banho e jantar em condições e perdidos no meio do monte.

Agradecimentos:
Aos pais do Ganso que nos foram apoiar a meio do trajecto.

Nota:
Para a próxima também queremos que escrevam no chão os nossos nomes para não termos que olhar para as subidas!

3 comentários:

  1. Eu quero ser o primeiro a comentar só para dizer uma coisa:

    CC QUANDO QUISERES SER HOMEM E SUBIR AQUILO EU FAÇO-TE COMPANHIA!!!!

    ResponderEliminar
  2. Viva eu!
    Eu so volto a subir quando estiver 100% sem lesões!
    Ora são canelas, ora são ulceras no calcanhar...
    Quero uma etapa sem lesões! Porque se lesionada consigo... sem lesão..a bicla ganha asas!

    ResponderEliminar
  3. Venha outro tour!
    Não comprei uma bicicleta nova para ficar parada na garagem...

    ResponderEliminar